Autoconsumo Remoto: Como Funciona e Quais suas Vantagens?
Graças ao autoconsumo remoto, é possível reduzir a conta de luz em mais de uma propriedade e ainda contar com energia solar em locais com sombreamento e pouca incidência. Saiba mais!
Economize na conta de luz de mais de um imóvel com o autoconsumo remoto
Ao investir em uma nova forma de produzir energia elétrica, é comum encontrar muitos nomes novos, como módulos, energia solar compartilhada e autoconsumo remoto. Por isso, em um primeiro momento, algumas dúvidas podem surgir.
Ainda assim, é necessário entender cada uma dessas questões para planejar o projeto de energia solar da melhor forma possível e garantir que você estará escolhendo a opção mais sustentável e econômica para as suas necessidades.
Neste artigo, vamos explicar o significado, o funcionamento e as vantagens do autoconsumo remoto. Assim, não vão restar dúvidas sobre esse modelo e você pode descobrir se é o que precisa no seu projeto. Continue a leitura e aproveite!
O que é autoconsumo remoto?
O autoconsumo remoto é uma das formas de Geração Distribuída (GD) — ou energia solar compartilhada — estabelecida pelas normativas 482/2012 e 687/2015 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Mas o que isso significa?
Basicamente, a GD é quando qualquer energia elétrica excedente produzida por um sistema de energia solar é compartilhada com outras unidades consumidoras como auxílio de um micro ou minigerador de energia distribuída. Isso pode ser feito de algumas maneiras diferentes:
- a geração compartilhada (quando diversas unidades consomem a energia produzida por uma única unidade consumidora);
- o empreendimento com múltiplas unidades consumidoras (geração de energia para condomínios);
- por fim, o autoconsumo remoto.
Como o próprio nome mostra, essa última modalidade envolve o consumo de energia elétrica pela mesma pessoa (física ou jurídica) de maneira remota. Ou seja, diferentes unidades consumidoras podem aproveitar a energia gerada por apenas um sistema.
Para que isso aconteça, existem duas condições:
- as unidades consumidoras devem estar sob a mesma titularidade (no mesmo CPF ou CNPJ);
- elas também devem estar dentro da mesma área de distribuição de energia.
Por exemplo, imagine que você tem um sistema fotovoltaico na sua residência principal e produz mais energia que consome. Em certo momento, decide comprar uma casa de férias que está na mesma área de distribuição. A energia excedente da sua residência é transformada em créditos pela distribuidora e você transferi-los para a nova casa para reduzir a conta de energia.
Outro cenário muito comum e possível é de instalar o sistema fotovoltaico em outra propriedade porque a sua principal não tem as condições ideais para gerar energia o suficiente.
Como funcionam os créditos de energia solar?
Os créditos de energia solar são essenciais para que haja o compartilhamento de energia entre mais de uma unidade. O processo é o seguinte:
- como a energia produzida pelo sistema fotovoltaico não é armazenada, todo excedente é consumido imediatamente pela rede;
- esse consumo, por não ter sido feito pela unidade cujo sistema produziu energia, gera créditos para o titular (pessoa física ou jurídica);
- os créditos podem ser utilizados pelo titular em qualquer propriedade em seu nome dentro de um período de 60 meses (equivalente a cinco anos).
Além disso, os créditos são, em grande parte, isentos de Pis, Cofins e ICMS. Os únicos estados que realizam a tributação do ICMS são o Amazonas, Paraná e Santa Cantarina.
Conheça 3 vantagens do autoconsumo remoto
Agora que você sabe como o autoconsumo remoto funciona, conheça três vantagens oferecidas por essa modalidade de energia solar compartilhada:
1. Diminuir a conta de luz
Como dissemos, o autoconsumo remoto pode ser utilizado para aproveitar os créditos de energia solar e abater o valor da conta de luz de uma ou mais propriedades, chegando a uma redução de até 95%. Além disso, também há menos tributação sobre a energia.
Conseguir esse nível de economia em mais de uma unidade é um dos maiores diferenciais do autoconsumo.
2. Fornecer energia a locais com sombreamento
Locais com muito sombreamento podem prejudicar a geração de energia elétrica, já que os módulos fotovoltaicos (ou seja, as placas solares) dependem da irradiação solar. Esse é um fator que deixa muitas pessoas receosas na hora de pensar em investir na energia solar e fazer uma troca mais sustentável.
Contudo, isso não precisa ser um problema se você contar com o autoconsumo remoto. Afinal, o sistema de produção de energia solar pode ser instalado em uma outra propriedade que tenha condição de produzir eletricidade suficiente para as suas necessidades.
3. Gerar créditos para mais de uma unidade consumidora
Os créditos gerados pela energia excedente não precisam ser utilizados apenas pela unidade consumidora que conta com o sistema fotovoltaico. Graças ao autoconsumo, todas as suas propriedades podem aproveitar os créditos. Além do que falamos sobre a redução na conta de luz, isso também faz a energia solar funcionar à noite em mais de uma unidade.
Agora você sabe tudo sobre autoconsumo remoto, já consegue decidir se isso é interessante para as suas necessidades energéticas ou não. Ainda assim, a jornada para encontrar o projeto perfeito não para por aí, por isso, conheça os tipos de placa solar e entenda quais devem receber sua atenção!